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Má que jête?

Este mundo tá passado dos carretos ´moss!

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08
Mar17

8 de Março dia de João de Deus poeta da minha terra

Susana

Pois é pensavam que ia falar sobre o dia da mulher não é? Moças todos os dias são nossos, precisamos lá agora de dias marcados.

Venho mesmo é falar sobre João de Deus poeta lírico e pedagogo nascido no dia 8 de Março de 1830 na minha terra São Bartolomeu de Messines, o nome dele é visto muitas vezes em ruas, estátuas e nos tão conhecidos Jardins-escolas João de Deus espalhados um pouco por todo o nosso país mas será que as pessoas sabem a verdadeira importância que as suas obras tiveram (e continuam a ter)?

Teve uma vida académica atribulada em Coimbra demorando 9 anos a completar o curso de direito do qual não era nada fã, a sua veia de poeta não gostava de regras nem de leis e isso fez com que passasse maus bocados, conta-se até que para sobreviver quando vivia em Lisboa chegou a costurar para senhoras (facto não comprovado), foi redactor jornalístico e até deputado função que ao que parece detestava como mostra a seguinte frase...

 

Que diacho querem vocês que eu faça no Parlamento? Cantar? Recitar versos? Deve ser (…) gaiola que talvez sirva para dormir lá dentro a ouvir a música dos outros pássaros. Dormirei com certeza!.

 

 muito boa esta frase.

Casou, teve filhos, privou com outros grandes poetas da altura entre os quais Antero de Quental, era amante de grandes tertúlias em cafés e escreveu, escreveu muito produzindo verdadeiras obras primas sendo a que o imortalizou, a mais conhecida e ainda utilizada nos dias de hoje, a Cartilha Maternal.

Esta Cartilha escrita em 1876 tornou João de Deus num dos maiores pedagogos de Portugal e contribuiu para a alfabetização de muita gente, a sua utilização foi tornada obrigatória em todas as escolas do ensino primário em 1882 e a partir 1903 passou a ser facultativa.

Sem têm filhos em idade de aprender a ler vale a pena comprar uma Cartilha Maternal e vão ver que o método ainda se aplica aos nossos dias, se não têm filhos dêem uma vista de olhos pelos menos para ficar a conhecer.

Lembro-me de neste dias quando andava na primária não ter aulas porque era tradição as crianças levarem flores à estátua de João de Deus, hoje não vou levar flores mas vou ver a minha sobrinha que vai toda contente levar a flores e cantar o hino nacional, tem 4 aninhos e frequenta o Jardim-escola João de Deus pois claro.

Cá pela terrinha temos a casa museu João de Deus que vale a pena visitar para ficar a conhecer mais profundamente a sua historia, possui algumas obras originais que podem ser vistas.

João de Deus morreu em 1896 e está sepultado no Panteão Nacional mas a sua obra continua bem viva.

 

Fota tirada por mim ao quadro de João de Deus existente na casa-museu.

 

Uma velhinha Cartilha Maternal também em exposição na casa-museu.

 

E para finalizar duas frases ditas por dois grandes amigos deste poeta em sua homenagem inscritas na parede da casa-museu.

 

 

 

07
Mar17

Os dois lados do balcão

Susana

Quando somos clientes corremos muitos riscos, passamos por vezes por más experiências, somos mal atendidos, mal servidos, uns reclamam outros deixam passar e outros simplesmente riscam o sitio da sua lista e nunca lá voltam a pôr os pés.

Mas e então quando estamos do lado de dentro do balcão? Existe algum livro de reclamações destinado a clientes mal educados, arrogantes e que não se sabem comportar? Pois é, não é assim tão fácil, servir não é nada mas nada fácil.

Praticamente nasci atrás de um balcão, neste caso falo de um restaurante mas isto que falo aplica-se a qualquer serviço em que tenhamos que atender clientes como por exemplo a função que desempenhei durante 12 anos numa clínica de fisioterapia e onde tratei centenas de pacientes (a minha verdadeira profissão), serviços diferentes o mesmo objectivo, executar a nossa função e deixar o cliente satisfeito.

Aquela velha historia que o cliente tem sempre razão sempre me deu voltas ao estômago quando tenho que aturar certo tipo de clientes, o cliente não tem sempre razão! a verdade é que na maior parte das vezes nós temos que pôr o nosso melhor sorriso amarelo e engolir o sapo por maior que este seja.

Querem um exemplo? Na verdade tenho muitos mas aqui vai um.

Senhora senta-se na esplanada, vou atender e pede um café, vou buscar o café e quando chego à mesa entrega-me o dinheiro, volto para vir buscar o troco, regresso à mesa entrego o troco mas a senhora quer uma água ''com certeza'' digo eu e volto para vir buscar a água, pelo caminho penso que não me pagou logo e me vai fazer voltar à mesa mais vezes, o restaurante está cheio, é hora de almoço...bingo trago a água e faço mais viagens, acham que pediu desculpa? Que reparou no tempo que me estava a tomar? Nem pensar.

Mas isto não é o pior, o pior é quando nos olham de cima para baixo e tratam como seres inferiores destinados a servir os seus caprichos, por isso quando vou a qualquer sítio vejo sempre os dois lados do balcão e analiso tudo antes de reclamar ou elogiar, entendo perfeitamente os dois lados e tenho pena que outros não o façam.

Se já perdi a calma? Ui infelizmente sim mas foram poucas as vezes e em situações que atingiram um nível muito elevado de desrespeito pelo meu trabalho, tudo tem limites e a paciência por muito grande que seja também o tem.

Apesar de tudo gosto de deixar os clientes satisfeitos, aqueles clientes que têm um sorriso e um obrigado para oferecer, que reconhecem o nosso esforço e melhor ainda, que voltam à nossa casa e nos recomendam a amigos, isto compensa todas as más experiências 

Vou fazer uma versão portuguesa para o restaurante do meu pai 

(imagem tirada da net)

 

 

06
Mar17

A minha vénia

Susana

Sim faço uma grande vénia ao Salvador Sobral e à sua irmã Luísa pela magnifica letra que escreveu, à sua grande e merecida vitória e mordo a língua por ter dito que este festival da canção iria ser mais do mesmo sem imaginação, com grandes vozes mas sem nenhuma criatividade, em parte até foi mas o Salvador salvou os nossos ouvidos de mais um desastre.

Há muito tempo que uma música não me tocava tanto, que uma letra não me chegava ao coração e até já tinha perdido a esperança disso voltar a acontecer num festival da canção, felizmente a magia aconteceu e fiquei feliz, emocionei-me ao lembrar os anos distantes em que junto com a minha mãe e a minha irmã nos juntávamos frente à tv para devorar e vibrar com cada segundo do festival, '' mãe ias gostar de certeza desta música'' disse eu ontem para mim em pensamento.

A minha mãe não está connosco há muitos anos e apesar dos anos menos bons do festival da canção este sempre me transportou para os serões que passávamos juntas a analisar cada música, que saudades...

Agora o Salvador vai ser atirado aos ''tubarões'' na Eurovisão, mas aposto que vai tocar muitos corações e mostrar com orgulho que Portugal é um país de talento.

 

 

01
Mar17

O Carnaval já passou...finalmente!

Susana

As coisas vão agora regressar ao normal e ainda bem porque eu estou estafada, o meu Carnaval resumiu-se a desfile com a minha sobrinha vestida de carta (Alice no Pais das maravilhas) e essa foi a melhor coisa destes dias, o resto foi um desastre.

Consegui trancar-me na dispensa do restaurante, oh para mim a chamar pelo meu pai e a bater na porta num restaurante cheio de gente.

Consegui atingir uma amiga com uma daquelas coisas que disparam confetes e quase lhe partia os dentes (só mesmo eu) isto aconteceu enquanto assistíamos ao desfile de carnaval da minha terra, no meio de centenas de pessoas, felizmente ela está bem foi só o susto.

Por esta altura já me diziam para me fechar em casa e ficar sossegada para não fazer mais asneiras, mas nãoooo....tinha que acontecer mais qualquer coisa.

Ontem à noite foi o enterro do entrudo, um carro enorme com o dito defunto rodeado de viúvas aos gritos que vai percorrendo a vila de bar em bar e também restaurantes onde enchem os depósitos de cerveja até voltarem ao ponto de partida para a queima do morto.

Quando a multidão chegou ao restaurante do meu pai o sr Padre (falso tá claro) sobe para cima de uma cadeira na esplanada para fazer um discurso animado e pronto...a cadeira escorrega e o moço cai desamparado para trás, foram momentos de pânico em que ele se queixava de dores nas costas e peito.

Foi logo socorrido pelos bombeiros de serviço e acabou imobilizado a viajar no INEM para o hospital onde felizmente se soube que não tinha nada partido e vai apenas ficar com umas dores por uns dias.

No meio disto tudo enquanto observava todo o movimento/azafama/pânico/bebedeiras às duas e meia da manhã dei por mim a pensar ''mas porque raio não fechei eu o restaurante e fiquei em casa como me mandaram?''

Enfim já passou...yupi!!! Já posso respirar fundo que só para o ano há mais...

 

(imagem tirada da net)

 

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